Você sabe quem inventou o Wi-Fi? A tecnologia wireless que moldou o mundo atual se tornou algo tão ordinário que às vezes nos esquecemos da sua importância e origem histórica. Afinal de contas, o fácil acesso à Internet está tão integrado na vida moderna que a maioria das pessoas (e empresas) dependem disso para exercer suas atividades diárias – incluindo o trabalho, a socialização e o entretenimento.
Contudo, sabemos que nem sempre foi assim. Até 15 anos atrás, a ideia de ter um sistema sem fio caseiro era algo quase inacessível – e inimaginável – para muitos, embora suas raízes se originem da década de 1930. Quando pensamos por esse lado, algumas dúvidas interessantes surgem, especialmente quanto a quem inventou o Wi-Fi de fato e como isso veio a acontecer.
Neste artigo, falaremos um pouco sobre a invenção dessa tecnologia, desde o seu contexto originário até os personagens envolvidos. Continue lendo para saber a história por trás de quem criou o Wi-Fi e demais curiosidades!
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Quem inventou o Wi-Fi, afinal?
Não foi apenas uma pessoa, mas uma dupla: Hedy Lamarr e George Antheil. E uma dupla um tanto inusitada!
Ainda assim, o crédito pela invenção do Wi-Fi é hoje dado principalmente a Hedy Lamarr, atriz e inventora austríaca nascida em 1914 no ápice da Grande Guerra. Sua vida pessoal foi chave para a base do conceito tecnológico que, somente décadas após ser apresentado ao governo americano, se transformaria no que hoje conhecemos como Internet sem fio e telefone celular.
Mas se a inventora do Wi-Fi viveu há tanto tempo, por que só desfrutamos da sua ideia no século XXI? Bom, para entender a resposta completa, precisamos saber um pouco mais sobre essa mulher à frente de seu tempo e sua trajetória de vida.
Hedy Lamarr, atriz e gênia em tempos de guerra
Filha de pais judeus, Hedy Lamarr nasceu em Viena, Áustria, e logo cedo iniciou uma formidável carreira artística. Por influências da mãe – uma pianista – estudou piano até os 10 anos de idade e, ainda adolescente, interpretou diversos papéis em filmes alemães, contracenando com atores influentes da época e ganhando o apelido de “A Mais Bela Mulher da Europa”.
Sua fama internacional, no entanto, explodiu com o filme “Êxtase”, de 1933, no qual aparecera nua e simulara um orgasmo durante o ato sexual, algo completamente inédito para o cinema. Seu marido ciumento gastou uma fortuna para tentar se livrar do filme – e embora não obteve sucesso, o caso levou a um divórcio turbulento.
Hedy veio a se casar novamente em 1933 (durante sua vida, ela viria a se casar mais cinco vezes), mas seu novo marido se provou ser ainda pior. Trabalhando com a elite nazista, ele tentava mantê-la trancada em sua mansão, algo que lhe instigou repulsa e revolta durante os anos que se seguiram. Em 1937, Hedy enfim conseguiu fugir de uma Alemanha prestes a entrar em guerra, abandonando seu casamento abusivo. Ela se naturalizou americana duas décadas depois.
Uma vez em Hollywood, Hedy retomou sua devoção às artes cênicas, relacionando-se com diversos e respeitados profissionais do cinema até o ápice da Segunda Guerra Mundial, onde veio a conhecer o compositor – e parceiro de invenção – George Antheil, seu vizinho. Reclusos em tempos sombrios, os dois encontraram uma conexão pela música e, após uma simples sessão tocando juntos, tiveram a genial ideia de usar canais de interferência para se comunicar entre si.
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A patente de quem inventou o Wi-Fi
Você leu certo – foram notas de música que levaram ao surgimento do Wi-Fi. Durante um dueto no piano, Hedy começou a alternar os controles do instrumento em sincronia, percebendo que a troca constante de frequências permitia uma conexão segura entre emissor e receptor sem desvio ou intercepção de suas mensagens.
Escritor de livros de endocrinologia (estudo sobre hormônios), George também já possuía conhecimento prévio sobre o controle autômato de instrumentos musicais. Sua experiência só acrescentou na ideia de sua parceira.
A ideia deu um click na mesma hora – e ambos correram para registrar sua patente, em 1940, usando seu nome de registro, Hedwig Eva Maria Kiesler. Unidos pelo desprezo aos ideais nazistas (Antheil também tinha origem judaica), os amigos então apresentaram sua ideia às Forças Armadas Americanas sob o termo “frequence hopping”, como um aparelho sofisticado de interferência em rádio que poderia despistar os radares alemães.
Nessa época, os torpedos submarinos eram controlados por frequências de sinal que facilmente ficavam congestionadas, causando a perda de conexão. Essa nova máquina permitia, em palavras didáticas, que o sinal “pulasse” de um canal para o outro sem bloqueios de tráfego, o que poderia fortalecer as estratégias de defesa.
O advento tecnológico e o reconhecimento tardio
Infelizmente, o governo estadunidense rejeitou a proposta por ser “muito complexa” para os instrumentos da época. A ideia foi colocada na gaveta – e embora os Aliados tenham vencido a Segunda Guerra, não foi graças à tecnologia de Hedy.
Até que, em 1962, os militares enfim utilizaram o aparelho nas operações contra Cuba. A patente, no entanto, já havia expirado – o que permitiu que o exército investisse na tecnologia sem nenhum problema com a lei.
Foi só em 1997, quando a Ottawa Wireless Technology adquiriu 49% da patente do aparelho, que Hedy Lamarr foi oficialmente reconhecida por suas contribuições. Seu aparelho de frequência serviu como princípio básico para a comunicação sem fio que viria a ser nomeada Wi-Fi (para Internet) e CDMA (para celulares), espalhando-se pelo mundo somente nos anos 2000, quase um século depois de ter sido descoberta por dois artistas europeus.
E não acaba por aí. A ascensão dos roteadores Wi-Fi domésticos (que vieram a se tornar a norma acima dos cabos, que precisavam estar fisicamente plugados em um computador para funcionar), bem como dos dados móveis que usamos nos smartphones atuais, pavimentou o caminho para o surgimento de outras inovações que também utilizam a natureza eletromagnética das ondas de rádio, como o Bluetooth e até o GPS. O que, claro, apenas destaca ainda mais a importância da atriz para a globalização do século XXI.
Hedy não ganhou nenhum dinheiro com a sua inovação; contudo, ela recebeu uma menção honrosa pelos Estados Unidos como “Mãe do Telefone Celular”, “por abrir novos caminhos nas fronteiras da eletrônica”. Ela se aposentou da vida dos holofotes nos anos 1960 e passou a terceira idade em Orlando, na Flórida, até sua morte em 19 de janeiro de 2000, aos 86 anos.
Em 2015, como celebração aos 101 anos de Hedy Lamarr, a Google a homenageou com um Doodle especial detalhando os aspectos mais importantes de sua vida, incluindo a estrela na Calçada da Fama que lhe foi dada 50 anos antes. Veja a seguir:
No fim do dia, a mulher que criou o Wi-Fi sempre será lembrada como uma pessoa de vários talentos e uma joia da era contemporânea.
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Agora você sabe quem inventou o Wi-Fi. Hoje, sabemos como essa tecnologia se tornou algo tão essencial quanto energia e água – ninguém fica sem. Isso vale em dobro para empresas e comércios que buscam fidelizar sua clientela por meio de um bom Wi-Fi público, oferecendo um serviço confortável para os visitantes que passam um tempo no seu estabelecimento.
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Por isso o Wi-fi cai tanto
Texto muito bom e explicito, devia acentuar mais a importância de Hedy Lamarr.
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