A Inteligência Artificial será cada vez mais integrada em arquiteturas e aplicações existentes como uma forma de impulsionar a inovação, junto com outras tecnologias disruptivas.
A “inteligência pós-digitalização” está resultando em tecnologias disruptivas que estão mudando a paisagem da TI. Na minha opinião, a Inteligência Artificial será cada vez mais integrada em arquiteturas e aplicações existentes como uma forma de impulsionar a inovação ao longo do próximo ano. Entre as tendências mais relevantes para 2018 estão:
1 – Uso crescente de inteligência artificial, Machine Learning com análise de dados e BI (inteligência de negócios).
As aplicações empresariais continuam a produzir grandes volumes de dados que, quando analisados, permitem identificar e prever comportamentos. Para o comércio eletrônico, entender os padrões de compra dos clientes ajuda a comercializar produto de maneira mais eficiente. Web designers querem entender como os visitantes navegam pelos sites, a fim de melhorar as taxas de conversão. E, a partir das informações de venda, empresas querem correlacionar o dinheiro investido em marketing com a receita gerada. As atividades de BI e análise de dados estão se tornando cada vez mais acessíveis, permitindo a adoção dessas tecnologias por negócios convencionais que buscam tomar decisões melhores e mais rápidas.
2 – Aumento de chatbots de Inteligência Artificial (IA) em serviços ao consumidor e suporte.
Ao longo dos últimos anos, os chatbots – programas de respostas automáticas – foram vistos mais como um experimento de adoção limitada. Agora, conforme os usuários percebem os benefícios dessas experiências, a prática tem se tornando mais comum, especialmente no atendimento ao cliente e suporte. Ao contrário do serviço ao consumidor humano, os chatbots não possuem inconsistências que podem afetar o atendimento e, movidos por IA, estão aprendendo a responder aos clientes e a prever o que eles querem. Com base no histórico e nas perguntas feitas durante uma sessão de bate-papo, o programa pode realizar importantes perguntas aos usuários, tudo para melhorar a experiência de suporte.
3 – Uso de processadores de linguagem falada como uma nova forma de interface homem-computador.
Os fãs do Star Trek não são os únicos que esperam pelo momento no qual essa previsão se tornará realidade. Usuários empresariais também estão ansiosos para que os computadores compreendam a linguagem falada. Um gerente de vendas que deseja gerar um relatório trimestral, por exemplo. O pedido deve seguir para um analista de dados, que então vai traduzir a demanda com precisão em algo que o sistema possa processar para gerar a informação desejada. O processamento eficiente de comandos de voz permite uma interface mais imediata entre homem e máquina, diminuindo erros e o tempo de resposta.
4 – Leis mais rígidas de proteção de dados.
A digitalização esta ganhando cada vez mais espaço. Tecnologias, relações de negócios e até o armazenamento, transmissão e processamentos de informações, tudo está em formato digital. Além disso, muitos países reconheceram a importância da proteção dos dados pessoais de seus cidadãos, que devem ser consultados e estar cientes das relações digitais das suas informações na rede. Leis mais rígidas de proteção de dados são projetadas para preservar a privacidade das pessoas, assim como evitar atividades criminosas, como fraude ou roubo. O exemplo mais recente disso é o Regulamento Geral de Proteção de Dados da Europa (GDPR). Enquanto alguns países, como a Índia, estão desenhando estruturas de proteção de dados, outros irão reforçar as normas que já estão em vigor.
5 – Adoção de soluções em nuvem por empresas de médio e grande porte segue crescendo.
Cloud é um mindset, e os governos e grandes organizações têm sido mais lentos em adotar essa mentalidade. No entanto, as maiores barreiras para a implementação da nuvem, como riscos de segurança e privacidade de dados, já foram detectadas e reduzidas devido a melhoria de processos. O forte investimento na segurança das infraestruturas de plataformas e aplicativos em cloud já são maiores do que os métodos adotados pela maioria das companhias. Em geral, as grandes empresas e governos estão finalmente se tornando confortáveis ??e confiantes com a segurança na nuvem.
6 – Uso de Blockchain na segurança corporativa para gerenciamento de identidade.
O Blockchain fornece um sistema de registros não centralizado, seguro e exclusivo, oferecendo um mecanismo de autenticação fortemente criptografado que evita que usuários mal-intencionados tenham acesso a dados de terceiros. Isso torna a tecnologia em uma ótima opção em termos de segurança empresarial, especialmente para o sistema de gerenciamento de acessos, o qual gerencia logins de usuários e autenticação. Em 2018, gostaríamos de começar a ver a adoção do blockchain em áreas como serviços bancários, financeiros e saúde.
Fonte: http://cio.com.br/